sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NOSSA ÁGUA DE CADA DIA: UMA ANÁLISE DA ÁGUA EM GARRAFA




Um crescente mercado nos últimos anos vêem se destacando, pelo aumento de consumidores – o da água engarrafada. Os cidadãos seduzidos pelas campanhas de marketing, aliadas a degradação das águas disponíveis para consumo, acabam em busca de hábitos mais saudáveis, comprando água engarrafada.

Apesar da existência de pessoas que não tem acesso a água potável, e que realmente precisam consumir água engarrafadas, o que se observa é um aumento desproporcional deste produto. O resultado é o aumento de descarte de garrafas plásticas na natureza e o aumento da poluição. Aliado ao problema de geração de resíduos, a indústria da água engarrafada proporciona danos em todos os ciclos de captação, industrialização, transporte e comercialização.

No Brasil a discussão ainda é embrionária. Mas em países da Europa e nos Estados Unidos a água engarrafada está na mira de críticos de seus processos de produção e de ambientalistas há pelo menos cinco anos. Recentemente as Nações Unidas se uniram a esse coro: a água engarrafada se tornou, assim como as sacolas plásticas do supermercado, um ícone do desperdício dos tempos atuais. E também da desigualdade social.

Isso porque enquanto cerca de 900 milhões de pessoas no mundo ainda não tem acesso à água de boa qualidade, segundo dados da ONU, uma parte mais abastada consome água engarrafada, mesmo tendo acesso à água tratada. E o consumo excessivo de água engarrafada em todo o mundo pode levar à superexploração de aquíferos, o que deixaria um legado de falta d’água para gerações seguintes – enquanto o lucro com a venda de água permanece privatizado.

A maior parte da água engarrafada comercializada no mundo é feita por grandes multinacionais, como Nestlé, Danone, Coca-Cola, PepsiCo, entre outras. As empresas têm sido acusadas de criar uma falsa demanda pela água engarrafada, mesmo em lugares onde a qualidade da água fornecida pelas companhias de saneamento é considerada satisfatória (alô, grandes cidades brasileiras!). Há quem diga que a “obrigatoriedade” de se beber dois litros de água por dia foi outra falsa demanda criada pela indústria de bebidas.

Outro problema criado pelo aumento do consumo dessas águas é a poluição causada pelas embalagens. As empresas estimulam o consumo, sem se preocupar em dar um destino correto às garrafas plásticas, gerando ainda mais lixo, que como sabemos, vão parar no lugar errado. Só nos EUA são descartadas por ano 50 bilhões de embalagens plásticas de água. Menos de 10% são recicladas.

Abaixo você confere o vídeo The Story of Bottled Water “A História da Água Engarrafada“ produzido por Annie Leonard (a mesmo do “A História das Coisas”, um sucesso na internet). O vídeo tem a missão de provocar uma reflexão social, sobre o consumo de água engarrafada no planeta.  Ao invés de ignorar o atual estágio de poluição das águas, e consumir água engarrafada, porque não cobrar uma mudança de postura na administração pública. É necessário exigir  mais investimentos em infraestrutura para o tratamento da água, educação ambiental evitando a poluição de rios. Assim é possível aumentar a disponibilidade de água potável local, evitando o abastecimento com água engarrafada proveniente de regiões ainda não poluídas.

Para quem não conhece, segue abaixo o link do documentário “A História das Coisas”. O vídeo tem cerca de 20 minutos de duração e explica de forma interativa e conclusiva as dinâmicas do atual mundo corporativo fazendo conexões com os diversos problemas ambientais e sociais. O vídeo proporciona uma reflexão sobre a urgência de atingirmos uma sociedade mais sustentável e limpa. Ambos os vídeos tratam de temas desde a extração e produção, até a venda, consumo e descarte, de produtos que consumimos no nosso cotidiano e como este ciclo afeta as comunidades em diversos países. É um importante norteador de debates em sala de aula, além de ser um ótimo vídeo informativo por trabalhas conceitos de forma ampla e interligados entre si.

A historia da agua engarrafada.- Tittle original: Story of Bottled Water
http://www.youtube.com/watch?v=KdVIsEUXIUM&feature=player_embedded#!

A história das coisas – Tittle original: The Story of Stuff
http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k

A história dos eletrônicos – Tittle original: The Story of Electronics                                                                            http://www.youtube.com/watch?v=MPWgqkIVgbw&feature=related

história dos cosméticos – Tittle original: The Story of Cosmetics
http://www.youtube.com/watch?v=a5xgSf5yXm8&feature=related

Fontes:

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

NOSSO LIXO DE CADA DIA... Pode virar hotel feito com lixo das praias


No dia 15/2 foi postado aqui “Impossível de não divulgar: NOSSO LIXO DE CADA DIA”, artigo de Eloy F. Casagrande Jr. que fala da indignação do lixo gerado nas praias do Rio de Janeiro, e fiquei pensando muito sobre a situação. Ontem em pesquisas na web, encontrei uma solução barata de educação ambiental a ser feita... Um hotel de LIXO!

 

O hotel foi construído com lixo encontrado em aterros, mercados e, principalmente, recolhido em praias da Europa, em países como a Grã-Bretanha, França, Alemanha, Espanha e Itália (onde parece que no Sul as praias estão mais sujas). É uma criação do artista alemão Ha Schult e tem andado em exposição pela Europa.

Schult, monta hotéis feitos com lixo nas principais cidades europeias, para passar uma mensagem bem simples: se não cuidarmos do ambiente, passaremos nossas férias no lixo. Até agora, o projeto “Corona Save the Beach” já aconteceu em duas praias, Capocotta (Itália) e Múrcia (Espanha). Os dois hotéis foram construídos com os resíduos coletados por voluntários.

O hotel de lixo tem quartos nos quais se pode passar a noite, mas com algumas restrições de conforto. Não há chuveiros e todos os banheiros são químicos. Tampouco existem portas, portanto, trata-se de um grande quarto comunitário. Mas não se preocupe, todo o lixo orgânico foi desprezado nesse projeto. Assim, não há nenhum mau cheiro no projeto “Save the Beach”. 

Quem sabe o projeto de Schult, apareça aqui no Brasil!

 


 

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